domingo, 22 de janeiro de 2012
Emprestado
Essa noite eu tive um sonho. Não soube se era meu ou emprestado.
Nem se prestava. Me prestei a fazer tudo pra não ter volta.
E lá se foi uma parte de minha noite. Exausta com palavras desconhecidas e gestos que me lembravam.
Olhos fechados pra ver além. Dessa viagem, só a certeza de que precisava de música. Mais alta que diálogos. Fiquei entre soluços pra tentar entender. Nisso foi meu dia todo.
Outra noite eu vou procurar o dono e devolver o sonho que eu não quero ter.
Porque eu me empresto, mas nem tudo que volta deve ser meu.
Nem se prestava. Me prestei a fazer tudo pra não ter volta.
E lá se foi uma parte de minha noite. Exausta com palavras desconhecidas e gestos que me lembravam.
Olhos fechados pra ver além. Dessa viagem, só a certeza de que precisava de música. Mais alta que diálogos. Fiquei entre soluços pra tentar entender. Nisso foi meu dia todo.
Outra noite eu vou procurar o dono e devolver o sonho que eu não quero ter.
Porque eu me empresto, mas nem tudo que volta deve ser meu.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
A Perfeição
O que me tranquiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.
Clarisse Lispector
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